terça-feira, 18 de novembro de 2008

9 dias...

Pois é... faltam 9 dias. Nunca me vi tão desesperada, tão cheia de coisas pra fazer, tão em dúvida. Nunca racionalizei tanto e nunca me vi sentindo tanta saudade antecipada. Ja abri a mala (um graaaande passo, acreditem) e agora ela está olhando pra mim, só que aberta. Comprei ontem a mochila do laptop, bem bonitinha até. Estou começando a arrumar os documentos, já providenciei uns 3 pares de meia-calça preta fio 80 e uns 5 pares de meias de lã. Tenho que catar onde estão minhas luvas, preciso comprar umas 3 calças jeans e preciso ver qual casaco vai conseguir me ajudar a sobreviver desde o desembarque em NY até o momento em que lá eu conseguir parar pra fazer as compras das roupas dos proximos 3 meses.

Agora é a hora de resolver as pendengas pra não deixar pendências aqui... é hora das despedidas, e elas não vão ser fáceis. É hora de pedir pra esses 9 dias passarem numa vagareza quase impossível, pra que eu possa aproveitar cada minutinho e cada pedacinho de tudo o que eu amo aqui. É hora de, de vez em quando, largar mesmo tudo de lado e ir ver o sol se pôr no Farol.

Resumidamente... agora é tempo de não perder tempo.

E vamos lá.

domingo, 16 de novembro de 2008

Ufa..

Quando eu me desafogar dessa vida bandida de fim de semestre de faculdade e providências pré-intercâmbio, venho fazer o post sobre amor que estou idealizando tem uns dias... e respondo decentemente os comentários todos... inclusive o seu, Andressa! ;)
11 dias...
Beijo beijo!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Ridículo...

Hoje eu estava na paz de Jesus, dirigindo meu veículo levemente danificado, indo pra faculdade umas 6:45h da manhã. Quando estou descendo a Garibaldi - sentido Lucaia - e paro no sinal, vejo nada menos que um outdoor... parei pra olhar e vi uma imagem de uma agenda de celular em que o nome "Amorzinho" estava marcado e acompanhado de um "excluir 'Amorzinho'?", mais ou menos como quando todo mero mortal quer deletar um contato e o celular pergunta antes de apagar. Bla Bla. Quando olhei o entorno, vi que se tratava do outdoor da Banda Eva, anunciando o carnaval 2009... deve ter uma frase, mas se tinha, não encontrei.

Metaforizando o outdoor, você conclui que o cara/mulher/algoqueovalha está "excluindo" ou "jogando fora" um amor pra pegar 500.000 embaixo do trio do Eva. Beleza! Com todo o respeito à banda, que eu acho joinha, e à Saulo, que eu acho uma gracinha, achei esse anúncio de um mau gosto e de uma grosseria infinitos. Tipo, "oooi, estou no carnaval de Salvador e preciso de namorada pra quê? Beijobaranganãomeligamaisnãoqueeutôsoltoevoubeijar2.250!" Aquilo pra mim soou como a representação não só do vazio humano, como também da comercialização do carnaval daqui como sendo uma orgia popular e ilimitada, em que as pessoas comparecem iludidas por uma promessa vendida de libertinagem e diversão que elas, durante os outros 359 dias do ano, não podem ter.

Me soa desesperador ver esse tipo de outdoor, porque ele representa como nós estamos sozinhos e precisando de paliativos torpes e líquidos pra que essa solidão não nos degrade - ainda que esse paliativo seja com uma pessoa a qual vc nunca viu e provavelmente nunca mais vai ver. Me soa desesperador imaginar que, da mesma forma que partiu da cabeça de alguém a idéia desse outdoor, parte da cabeça de várias outras pessoas a idéia de jogar fora o amorzinho pra "aproveitar" 6 ou 7 dias de uma pornografia generalizada, que é muito mais um festival de infla-ego/soma-números/troca-fluidos, do que uma festa em si. Me soa desesperador constatar que esse tipo de anúncio é o que vende os produtos a que se destina vender, porque, por mais vazio que seja, gera as influências a que se propõe gerar. Me soa desesperador ver que a minha cidade, que cultuava uma bagagem de cultura no carnaval do meu tempo, a cada ano que passa se deixa vender (E FAZ QUESTÃO DE SE VENDER) por menos do que vale - camarotes, blocos, beijos e sexo.

Sou velha. Tenho 22 anos, mas sou velha. Recalcada, sei lá. Já vi e já participei de muitos, mas MUITOS carnavais... mas de uns 5 anos pra cá, tenho feito o que todo bom soteropolitano ajuizado e velho que mora na zona da folia faz: eu fujo daqui. E ano que vem não será diferente... não tenho energia pra ver tanta degradação - humana, sentimental e municipal - junta.

Bjos...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

HoHoHo

Papai Noel passou por aqui e fez essa abobrinha aí em cima... que eu vou manter até tirar uma foto chiquéééérrima na árvore de natal do Rockefeller Center, em NY, e colocar aí! HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!
Pois é... o blog, assim como meu carro e meu orkut, é temático e segue as tendências da época. Tá na hora de pendurar Juliana (meu papai noel de pelúcia) no parabrisas!
=)
15 dias!
Bjs...

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Não me toque.................

Hoje eu tô um nojo. Tô num nível de irritabilidade, chateação e impaciência descomunal. Tô pirada com os meus erros no seminário de hoje.. Pirada com a prova de psicanálise que eu fiz... Pirada com meu carro batido... Pirada com minha negligência em relação às 2.000 coisas que eu preciso deixar resolvidas aqui antes de viajar... Pirada com minha negligência em relação à própria viagem, porque enquanto o mundo faz mala e se prepara pra viajar em 16 dias, a minha mala está vazia e encostada na parede do meu quarto... Tô pirada em ver que tudo o que eu interiorizo sobre "ser a melhor no que eu me propuser a fazer" não está dando certo, porque é tanta coisa em minha cabeça, que eu perco o foco. O pior é que me angustia saber que eu estou com uma necessidade de uma "verborragia" e que eu não consigo exteriorizar, a não ser aqui. Eu queria ter a capacidade de chorar com essas coisas, com essas irritabilidades, com esses estresses, com fins de namoro e com tudo o que faz todo mundo chorar... mas não, eu fico fria e me calo. Eu choro em dinâmica de grupo besta ou simplesmente quando vejo uma cena bonitinha num filme... Ou choro como hoje, quando no ápice da minha irritação eu tava dirigindo de volta pra casa, passei na frente do prédio de meu avô e o vi na varanda. Chorei feito retardada. Mas enfim, isso não importa. Esse negócio de me calar tá me lenhando.

Vou dormir, porque eu não estou mais escrevendo lé com cré. Vou ver se pelo menos dormindo isso passa.

Bjs...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Declaração Universal de Sentimento de Culpa.

Venho por meio desta informar aos meus pouquíssimos e estimados leitores que estou me sentindo hoje o último dos seres humanos, em todos os aspectos. Vai desde a insatisfação comigo mesma, passa pela minha instatisfação em relação aos meus comportamentos e termina com a minha insatisfação em relação a minha posição diante do mundo. Declaro que estou na sala de informática da faculdade estudando - prestes a chutar o balde, ir pra casa almoçar, ver Mulheres Apaixonadas e dormir. Dormir pra esquecer minha culpa ou pra reforçá-la através de sonhos, não sei. Mas quando minha racionalidade raramente manifesta resolve pendurar uma melancia no pescoço e aparecer, me dou conta de que pra amanhã tenho uma prova, um seminário e uma VL de dois textos - de modo a não poder concretizar meu sonho de ser artilheira no quesito "chute ao balde". Além disso, hoje tem CQC. Tenho que optar entre dormir de tarde e estudar de noite, ou estudar de tarde e ver CQC de noite... prefiro a 2ª opção.

Isto posto, despeço-me. Com o coração do tamanho de uma ervilha, o cérebro do tamanho de um grão de areia e um superego do tamanho do Empire State Building.

Bjopodemeligarqueeunãomeimporto.

domingo, 9 de novembro de 2008

RE: Como eu amo você.

Eu amo você como amo chocolate suíço...
Eu amo você como amo meu carro...
Eu amo você jogando playstation...
Eu amo você conversando comigo e me fazendo carinho antes de dormir...
Eu também amo você na cama...
Eu amo você cantando "pancadinha, pancadinha"...
Eu amo você me olhando...
Eu amo você chorando vendo fórmula 1...
Eu amo você irritado...
Eu amo você nas nossas conversas sérias...
Eu amo você com seu cheiro...
Eu amo você na nossa "laminha"...
Eu amo você nos dialetos que só nós entendemos...
Eu amo você nos nossos segredos...
Eu amo você me forçando a comer...
Eu amo você com sua mão...
Eu amo você com seus gestos mais simples...
Eu também amo você desde que abro os olhos... até quando os fecho.


Mas eu te amo de uma forma bipolar... Amo ressentida por constatar que esse amor que você declara não é só meu - é dividido, e por isso não pode se concretizar como a essência inteira e simples do que deveria/poderia ser. Mas ao mesmo tempo amo por simplesmente amar... por ter algo dentro de mim que acredita nele como sendo capaz de transpor adversidades, chateações, "descobertas" e o que mais as circunstâncias resolverem jogar na minha frente - e, acima de tudo, por acreditar que nossos planos são tão verdadeiros que, de alguma forma, vão dar certo. E no fim eu constato que perdôo e acabo ignorando tudo o que me machuca, tudo o que me fere, tudo o que minha racionalidade me manda ponderar... e constato que esse "perdão" - de você, das circunstâncias e de mim mesma - é a prova mais concreta e latente de que, realmente, eu te amo.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Besteirol

Dona Jamile passou essa incumbência pra mim... normalmente eu não respondo, mas me deu muita saudade da época de colégio, em que eu respondia um desses por semana! Mas não se preocupem, não vou repassar pra ninguém! HAHAHAHAHAHAHAHA! =P

Aguentem...


1- A última pessoa com quem falou hoje: Minha mãe

2- A última coisa que falou: "Boa noite..."

3- O último pensamento: "O que é que eu respondo aqui?"

4- A última pessoa com quem brigou: Brigar é difícil pra mim... me chateio com as pessoas, mas costumo ficar calada a respeito e deixo o tempo curar. Sempre cura.

5- A última pessoa que se reconciliou: Se eu não briguei, não tem muito o que reconciliar.

6- A última pessoa que falou de Deus pra você: Minha avó.

7- O último lugar em que você gostaria de estar: BTU 1052, saindo da FJA às 11:30h da manhã. É a representação do inferno.

8- O último filme que assistiu: Inteiro? Godfather, filme 2. Mas todo dia eu assisto pedaços de vários...

9- O último livro que leu ou que está lendo: estou lendo 3, não termino nenhum nunca. Cidade do Sol (Khaled Hosseini), Amor Líquido (Zygmund Bauman) e Blood Line (Sidney Sheldon). Terminei "O Mundo é Bárbaro", de Veríssimo.

10- O último presente que ganhou: Um bilhetinho lindo hoje na aula, de Ana Célia!

11- A última coisa que gostaria de estar fazendo: Dirigindo...

12- O ultimo telefonema feito ou atendido no seu celular ou telefone: Feito, Philippe.. Recebido, papai...

13- O último conselho que deu e pra quem deu: Pra Juliana hoje: "véi, aceite os fatos... você é vadia e eu sou burra!" HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!!!!!!

14- A última vez que chorou e por que: Chorei MUITO de rir hoje, lembrando de um fato que eu não posso mencionar aqui! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!

15- O que faria hoje se fosse seu último dia de vida: Comia um Lindt, alterava meu perfil no orkut pra avisar a todo mundo que eu já era, ia num rodízio de comida japonesa, abraçava meus pais e diria a eles coisas que eu não costumo dizer. Roubava uns beijos, fazia um sexo básico, dizia meia dúzia de verdades na cara de meia dúzia de pessoas e juntava meus amigos pro "reggae saideira" na minha casa! No reggae eu beberia até desmaiar, pra não acordar nunca mais. Só não sei se ia dar tempo pra isso tudo. HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!

=P

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Assistencialismos...

Se eu pudesse colocar em palavras o que se passa agora em meu coração, provavelmente muita gente ficaria assustada, chocada, revoltada, tudo com ada. Na verdade colocar em palavras eu até sei, o que eu não posso é colocar em palavras aqui. Da mesma maneira que, se eu fosse listar todas as minhas preocupações atuais - sejam elas concretas ou abstratas - muitas pessoas sairiam correndo deste humilde blog. Isto posto, vou apenas destilar meu veneno antipático sobre algo contraditório em que eu tenho pensado bastante.

Semana passada, na minha aula de estágio, iniciei uma discussão [literal] em sala por causa de questões assistencialistas. Começou com a inclusão de cotas pra deficientes físicos em empresas (que eu até concordo), entrou pelo viés das cotas pra negros em universidades (que eu pondero) e terminou na questão das "bolsas".. Bolsa família, bolsa escola, bolsa isso, bolsa aquilo (que eu abomino). E no fim, deu-se uma série de discursos fervorosos, cada um defendendo o que lhe convinha. Normal.

Hoje na aula estávamos falando sobre isso e a professora falou que em uma cidade dessas de interior, meninas de 13 anos estavam engravidando propositalmente pra receber auxílios do governo. Não sei de vocês, mas eu, como filha de uma classe média burguesa e consequentemente direitista, acho assistencialismo uma coisa burra. Acho que "dar" (no sentido não-bíblico do verbo) é diferente de "prover", e na minha concepção, assistencialismo é mais um presente do que um provento. Quando você dá 100 reais pra uma família todo mês a troco de nada, você gera nada menos que um ciclo vicioso oriundo de uma acomodação. Nada vai impulsionar aquela família a sair daquilo, porque todo mês vai brotar um valor na sua porta que muitas vezes compensa um mês inteiro de salário. Daí conclui-se que dar essa assistência nada mais é do que "retirar" da pessoa a sua capacidade de superação por meios próprios - ainda que ela concorde com isso. A perspectiva de que meninas recém-saídas da infância estão colocando outras crianças no mundo a troco de uma "bolsa-qualquer-coisa" é, pra mim, desesperadora. Em busca de dinheiro elas estão gerando novas vidas, vidas cujas estimativas de futuro e ascensão social não serão muito diferentes das delas... e a partir daí constata-se que pobreza sem vontade de vencer gera mais pobreza... logo, assistencialismo gera mais pobreza.

Eu sou a favor de "ensinar a fazer a massa" do que a simplesmente "dar o pão", como disse uma vez um professor meu. Sou a favor de uma "bolsa curso técnico", "bolsa especialização" ou qualquer coisa que faça com que cada um descubra suas próprias potencialidades e queira, e se esmere pra sair dessa inércia social. Mas o mais triste de tudo é que essa manipulação da [in]capacitação humana vem de cima, porque assistencialismo gera votos... e votos geram assistencialismo. E forma-se assim uma cadeia repugnante, na qual entramos pra nunca mais sairmos.

...

Hoje, depois de um dia razoavelmente difícil, chego em casa e vejo um scrap no orkut dizendo "abra seu e-mail"... e eu abro meu e-mail. E eu leio o conteúdo enorme do e-mail... e, no final do e-mail, o sorriso mais espontâneo e mais singelo do meu dia brota [surpreendentemente] no meu rosto... e eu constato que o "dia difícil" não foi tão difícil assim!

=)





Só pra constar... a noite de ontem foi sensacional! E esse lugar é maravilhoso demais!