quinta-feira, 4 de junho de 2009

Semana GRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR.

Por mais que quase ninguém aqui se interesse pela minha vida, tô hoje no speed do "fuck off, o blog é meu e vou narrar minhas frivolidades, se tá aqui é porque gosta".

Da última vez que fui em Porto Seguro, há um mês atrás, minha ex-sogrinha me disse uma coisa muito linda enquanto me dava uma carona no seu lindo CrossfoxStefhany... Basicamente eu disse a ela que estava feliz por ganhar uma carona tão gostosa, e ela falou "ô Xu... você é tão feliz com tão pouco...". Esse tipo de comentário é que a torna uma delícia eterna em minha vida, mas enfim, não vou falar dela senão não paro mais. Dia 21 de Agosto eu escrevo um post inteirinho pra ela. O fato é que eu sou feliz com pouco e nunca tinha reparado isso até ela [e uma sequência de muitas outras pessoas] virem me dizer. De fato, entre ganhar de presente um iphone e uma carta, prefiro uma carta - DE VERDADE. E na mesma proporção em que sou feliz com pouco, me irrito com besteira. Sou do tipo "Me traia e negociaremos. Mas pise no meu sapato novo da Nine West e eu espanco você". Então... sabem quando vocês acordam e os fatos do decorrer do dia te fazem acreditar que Deus tirou umas horas de folga só pra te sacanear? Por mais que esses fatos sejam imbecis, eu tenho uma capacidade mágica de transformá-los em um dia inteiro de mau humor. Pois é. Eu estava me sentindo meio assim desde segunda feira. Vamos destrinchar cronologicamente?

SEGUNDA FEIRA:
A zica começou cedo. Claro, tinha que ser comigo. Saí de casa no horário de sempre pra ir pra faculdade, fui. Cheguei lá, entrei na fila... quando estavam faltando uns 4 carros pra eu entrar, o cara vira a placa mais odiada e sem cabimento de todas as placas da placolândia: "Lotado - Dirija-se ao Suarez Trade ou ao Centro Empresarial Iguatemi". Ou seja, não tinha mais vaga no estacionamento... tipos... 7h da manhã. Por que? Shopping Unifacs rolando dentro de um estacionamento. Um ser humano normal faz o que? Sai da fila, acha uma vaga na rua e vai a pé, feliz e contente. Simone faz o quê? Solta um palavrão, quase bate o carro pra sair da fila e rosna até chegar na sala de aula. Porque o carro tá na rua, porque o carro tá no sol, porque a SET sai multando todo mundo quando quer, porque meio-dia vai estar um inferno de quente pra ir andando até tão longe, etc. E isso faz o dia ser de intenso mau humor.


TERÇA FEIRA:

Me tornei uma mocinha esperta e saí de casa 6:20 da manhã, pra não correr riscos. Acho que quase todo mundo teve a minha idéia, mas consegui a vaga. Tudo ótimo, assisto aula, recebo por msg de celular um convite de um amigo pra jantar no Outback, felicidade, etc. No me gusta ficar de tarde na faculdade, mas eu tinha que ficar por causa de um trabalho. Beleza, com meus amigos por perto eu fico até horas seguidas na aula de Desenvolvimento III. Eis que roubam meu celular. Eu sei, eu sei, vocês já sabem disso. E aí da-lhe a ir pra delegacia na Magalhães Neto, da-lhe ir na TIM pra gastar mais dinheiro pra comprar aparelho novo e recuperar o chip, da-lhe a escrever e-mail revoltado pra ouvidoria, etc etc. E, por incrível que pareça, embora isso tenha me deixado meio atordoada e triste, não me irritou muito. Não tanto quanto estacionar o carro na rua.


QUARTA FEIRA:
Acordo. Primeiro pensamento do dia: "Shopping Unifacs is over, posso resgatar minha integridade e me dar ao luxo de sair de casa às 6:35h da manhã". Mas antes disso, tomei duas topadas fenomenais no dedo e encontrei os fios do secador e da chapinha embolados. DEUS SABE COMO EU ODEIO FIO. Tudo no mundo tinha que ser wireless, fato. Dei berros abafados dentro do banheiro, atrasada, tentando desembolar os fios. Desembolei. Certo. Desci. Lembrei que tinha que levar o laptop pra faculdade. Subi. Peguei o laptop e fui desenganchar os fios de internet, cabo de força, fone de ouvido, fio de mouse. Já eram 6:40h. No processo de Seleção Natural do estacionamento da faculdade, sobrevive quem sai de casa a tempo de chegar lá PELO MENOS 7h da manhã. Não era mais o meu caso. Guardei o laptop, desci de novo. Pessoas dirigindo vagarosamente diante de mim e eu no lifestyle de querer furar sinais vermelhos pra não juntar ao drama da topada e dos fios, o drama da segunda feira. Corri. Morri de correr. Cheguei e estacionei. Mas os fios foram suficientes pra me deixar irritada all day long. Tarde e noite com a cara no computador pra fazer slides e traduções de um filme pro trabalho do dia seguinte, cansaço mode on. O dia mais top top de todos.


QUINTA FEIRA:
Tudo muda. Tinha apresentação do filme de cognitiva, cheguei na faculdade morrendo de nervoso. Saí do carro pra procurar Juliana no estacionamento, meu brinco caiu no chão e eu perdi aquele trequinho que prende ele e pans. Ok, nada insolúvel, sempre tenho brincos sobressalentes na bolsa. Hoje eu não tinha. Pronto, começou a sacanagem com meus sentimentos. Mas o nervosismo pro trabalho tava tão intenso, que não dei muita bola. Nos reunimos, eu, Ed, Ju, Paty e meu laptop. Este último não queria ler o dvd do trabalho, que vejam só, seria apresentado... NO LAPTOP. Considerei jogar ele no chão e cuspir em cima, mas resolvi que essa não seria uma opção sábia. Resolvi então conversar com ele. Isso mesmo, queridos amigos. Conversei com o meu computador. Do mesmo jeito que converso com meu carro, minha cadela, etc. Dialoguei, disse que o amava muito e que precisava que ele fosse nosso amigo hoje. E ele foi. É incrível, conversem com seus objetos! Meu carro nunca me deixou na mão, todo dia converso com ele! Enfiiim... o trabalho era de sorteio - a professora iria sortear um membro do grupo pra apresentar o trabalho todo, sozinho. Ela entrou na sala. Meu coração começou a palpitar. Ela escreveu os nomes nos papeizinhos... meu coração ja estava saindo pela boca. Ela pediu pra Irlane sortear um papel... Irlane sorteou, fez mistério, e falou. A essa altura eu ja estava tendo síncopes. E ela falou: "Juliana". Eu juro: foi a fração de segundo mais extasiante dos meus últimos 22 anos. E depois disso, fui feliz. Incondicionalmente feliz. Verdadeiramente feliz. Feliz pra sempre!


Eu sei, são motivos idiotas. Mas, como rege o princípio da psicologia, a dor psíquica é idiossincrática, não importa a intensidade ou o motivo. Se uma pessoa sofre por algo, por mais besta que seja, merece atenção. Então me deixem ser infeliz com minhas topadas, feliz com minhas caronas, e assim caminharemos juntos!

Beijo pra quem leu até aqui!

3 comentários:

Juliana Correia disse...

Eu tentei te fazer feliz te levando até o seu carro na segunda feira pra vc n tomar mto sol na cabeça...=p
e quero registrar tb, que o seu momento mais extasiante dos seus vinte e dois anos foi o mais tenso dos meus vinte ok? obrigada pela solidariedade...

mtos beijos no seu coração

Simone Brasil disse...

hahahahahahahahha!!
tãããão lindinhaaaaa!!!!
tããããão solidáriaaaaa!!!!
tãããããão cognitivista!!!

=*** Ju!

Lays disse...

Beijos pra vc também, Chu! Hahahahaha adoorei ;*