sábado, 25 de outubro de 2008

Amor...

Uma vez me perguntaram o que era amor, o que me levava a dizer "eu te amo" pra alguém. A resposta saiu, mas não saiu concreta, porque eu acho que essa é uma questão cuja resposta nunca será tão objetiva quanto a pergunta - ainda que estejamos vivendo num contexto de modernidade em que amores se fazem e desfazem com a mesma rapidez de uma pastilha de hortelã.

Contrariando a plasticidade e a volatilidade do mundo moderno, eu acredito no amor como sendo o sentimento mais intangível e valioso que um ser humano pode ter. Acredito na sua forma plena, desmascarada, inteira, que se manifesta através de atitudes impensadas e primordialmente instintivas. Acredito no amor como sendo o que nos move a abrir mão de tudo o que envolve o nosso egoísmo, a nossa rotina e a nossa liberdade, pra que possamos "ser" pro outro numa plenitude maior do que nós mesmos. Acredito no amor como sendo o sentimento que nos acomete quando, num momento em que paramos pra pensar, constatamos que tirar o "objeto/pessoa de amor" de nossas vidas nos deixaria simplesmente sem chão, sem ar.

Eu amo. Na literalidade da palavra e do sentimento amo poucas pessoas, mas as amo demais, amo além de mim. Quando digo que amo, não sinto que estou me traindo, não sinto que estou me expondo, não sinto que estou demonstrando uma fraqueza. Sinto na verdade uma paz por estar podendo dizer àquela pessoa que ela é parte constituinte do que eu sou de bom e de bonito, que ela me proporciona motivos pra viver... E que, ainda que o tempo passe e as circunstâncias nos afastem, ela vai ter o meu amor, a minha vida e a minha incondicionalidade. E, ah... como é bom ouvir isso de volta!


E aí, o que é amor pra vocês?

Nenhum comentário: