segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Setembro chegou...

...e chegou horrível.


Hoje é o dia de captação e revival de várias coisas que eu ouvi nos últimos dias. Várias "frases" que foram ditas soltas e que hoje, numa tarde, se fundiram em minha cabeça através de um acontecimento.

Há uns 10 dias atrás eu estava com Ed, Juliana e Paty no carro, indo levar Ed em casa. Eu tava distraída, mas ouvi Ju dizer algo do tipo "o pior Paty, é que viver não tem cura. Você vive, mas empurra tudo de ruim com a barriga, porque não tem remédio pra sanar dor, problema e etc.". Na hora aquilo me soou meio dramático demais, deixei de lado. Do mesmo jeito que há uma semana atrás, meu ex-namorado me disse algo como "você passa anos da sua vida convivendo com uma pessoa e descobre que nunca a conhece completamente". Na hora também não me contundiu muito, até porque eu não tinha com o que contextualizar essa frase. Mas hoje eu pensei demais nessas frases. Passei o dia buscando cura e solução pra um problema que nem era meu, pra uma vida que nem é a minha... e me senti PÉSSIMA por constatar que não tenho nenhuma solução a dar para o problema dela, além de meu amor e meu apoio incondicionais. Me senti péssima por saber exatamente o que ela tá sentindo, por saber que os proximos dias dela serão quase intragáveis até que tudo passe - e por saber que eu não tenho pílula mágica que resolva, amenize ou a faça esquecer.

A 2ª frase de revival foi a contextualização profunda de seu significado durante a tarde. O ser humano é um bicho complicado. Você realmente não conhece uma pessoa 100% nunca, e hoje eu tomei essa perspectiva como meio desesperadora. Não sei se essa tomada é inerente ao que aconteceu hoje e a tudo o que tem acontecido comigo nos últimos dias, mas eu estou me sentindo mais amarga com o mundo. Com uma sensação de que não posso mais confiar e nem acreditar em ninguém, porque no final das contas, você nunca vai realmente saber quem é aquela pessoa e se o que ela está dizendo é realmente verdade. Ela sempre pode te surpreender... e ultimamente as pessoas tem me surpreendido pra pior.

Só sei que essa mania minha de me colocar no lugar da outra pessoa pra tentar sentir como ela sente me lenha demais. É impressionante. Ou eu paro com isso, ou eu fico doente.

E, de novo... bola pra frente. Mais dias difíceis pelo caminho, agora por novas razões. Parece que Murphy resolveu colocar um stand de demonstrações dentro da minha casa, impressionante como tá difícil de ser feliz.

Mas passa.

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