segunda-feira, 6 de julho de 2009

Sem Prazer Algum, Simone.


Atropelando o post de Curitiba, venho dessa vez me descrever.

Outro dia eu estava jantando com minha amiga Juliana e ela me disse uma coisa que eu constatei ser verdade: estou azeda, não sou mais rosinha. Não amarga, azeda. Existe uma diferença entre os termos. Amargura é a rejeição constante de uma coisa, acompanhada de tristeza. Azedume é a rejeição a simplesmente tudo, sem necessariamente estar triste - pelo menos ao meu ver. Meu azedume, por exemplo, é constatado a partir de pequenas intolerâncias. Esse negócio de poesia, depositar felicidade em terceiros, romantismo, frase de amor, apaixonar, drama desnecessário, entre outros, não tem passado pela minha garganta. Juro, outro dia eu estava ouvindo um filme na tv em que um menino definia o amor. Eu estava achando aquilo tão verdadeiramente brega, que coloquei no "mute" e fui viver minha vida.

Eu estou no speed de achar que o motivo que fez aquela determinada coisa acontecer há um tempo atrás é mentira. Aliás, estou achando que metade do que algumas pessoas em especial me dizem/disseram é mentira - e tenho meus motivos pra isso. Estou no speed de ligar o "foda-se" pra muita gente e muita coisa e não engulo mais dramas do tipo "ninguém me ama, ninguém me quer" - afinal, no fim todo mundo sobrevive.

Eu sei, isso é um discurso horrível pra uma estudante de psicologia. Mas realmente é quem eu sou no momento e acredito ser uma fase, parte de um aprendizado oriundo de constantes reflexões que eu tenho feito acerca de pessoas e fatos. É bom se conectar consigo mesma e viver pra você, pros seus pensamentos, pras suas vontades. É bom ter fases egocêntricas e egoístas, ver o mundo e as pessoas com olhos mais realistas e menos romanticos.

E, sim, estou feliz! Feliz demais, demais, demais! E esse "estar azeda" não é estar triste, é estar mais pé no chão. Não estou de mau humor, não estou chorando pelos cantos, nada disso! Tá tudo dando certo, os dias são divertidos, as coisas estão acontecendo, meus planos estão aos poucos se concretizando! Esse fim de semana estávamos em Curitiba e meu pai disse algo do tipo: "vamos minha filha, olho na meta!". Ele nem sabe, mas eu incorporei essa frase. E no fim conclui-se que, pro olho continuar na meta, é necessário desviar o olhar de muitas outras coisas. E eu acho que é isso que tá acontecendo. Há muito a acontecer nas próximas semanas, e estou tão focada nisso, que uma parte do resto do mundo meio que perdeu a importância. Perdeu o meu olhar.


Até...

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