O avesso do avesso do avesso do avesso.

Eu ia postar sobre a decadência estrutural em que Salvador se encontra, mas mudei o título do blog, dei umas risadinhas sozinha com ele e acabei perdendo o speed rabugento hoje. Portanto, falarei o de sempre: bo-ba-gem!

Nesse primeiro semestre eu fui um pouco relapsa em relação ao mundo, daí resolvi voltar a ser a pessoa chata, ranheta e comprometida que sempre fui e tomei uma decisão muito importante: comprei uma agenda! Não sei bem que tipo de ser humano compra uma agenda no sétimo mês do ano, mas posso afirmar aqui que esse ser humano sou eu. Comprei uma essa semana, meio tarde, mas estava com saudade do meu pique empreendedor e comprometido com o planeta (pique esse que sempre teve a decência de ter uma agenda!)! Sei lá, ultimamente eu tenho acordado num speed de "oi, sou executiva e ninguém me segura" que tá excessivo. Comprei uma pasta executiva preta metidinha a besta que está me deixando realizada! Aliás, minha vida é uma coisa compartimentada: tenho pasta para carregar coisas de cunho pessoal, pasta pra coisas de faculdade e nem comento sobre a minha bolsa, que é preenchida de mini-bolsinhas - uma pra eletronicos, uma pra remédios, uma pra brincos e presilhas, uma pra halls e chicletes, uma pra canetas, uma imeeensa pra maquiagens e a carteira. Vide foto acima, né verdade?

Adoro dias cheios, atribulados e cansativos. Eu reclamo, mas no fundo eu adoro ter que sair da Barra até a Paralela pra levar um documento, depois voltar pra Pituba pra, sei lá, pegar o resultado de um exame, ir na Garibaldi numa consulta ao médico e voltar pra Pituba pra dormir. Adoro essa sensação de "estou fazendo algo pelo mundo" que um dia atribulado me proporciona, adoro essa sensação de utilidade que não-dormir me faz ter.

Quer ver que eu sou anormal? Adoro trabalhar! Ok, por uma infelicidade do destino agora eu não estou trabalhando, mas quando estou, adoro! Posso reclamar quilômetros e tudo, mas no fundo eu gosto de saber que somos eu e ele, ele e eu, que eu estou profundamente mergulhada e perdida nele e vice-versa, e que a minha agilidade vai render números, frutos, elogios e afins. Sou a melhor pessoa que eu posso ser quando trabalho, me empenho loucamente, trato aquilo como se fosse meu! E é tão gostoso!

Enfim, mais um post inútil na vida dos 3 ou 4 leitores que tenho aqui... mas sei lá, olhei pros inumeros compartimentos que cercam a minha vida e eu meio que me orgulhei deles! E me orgulhei de mim por ser assim... tão legitimamente filha de Carlos Augusto nesse aspecto!